Vítima de assalto leva dois tiros em armazém
Assim que José Júlio Silva, 51 anos, rodou a chave na fechadura e abriu a porta do seu armazém, na madrugada de sábado, foi atingido duas vezes a tiro, no escuro, pelos assaltantes que tinham invadido a empresa de fabrico de vedações, redes e serralharias, em Torres Vedras. Depois de deixarem a vítima – que "por milagre" foi atingida só numa mão e não em zonas vitais – ensanguentada no chão, fugiram, roubando rebarbadoras, motosserras e berbequins.
A invasão à empresa Vedeca, situada num monte isolado da localidade de Barro, foi feita através de uma das janelas, que os assaltantes – em número por apurar – partiram para entrar, pelas 04h00 de anteontem.
"Recebi no telemóvel a notificação, da empresa de segurança, de que o alarme da firma tinha disparado. Peguei no carro e fui até lá. Abri a porta e eles dispararam logo. Senti uma dor tão grande que até vi estrelas. Depois caí ou fui empurrado e acho que perdi os sentidos. Eles pensaram que eu estava morto", contou ontem ao CM, através do telefone, José Silva, internado no Hospital de São José, em Lisboa.
Quando abriu a porta José Silva apalpou "terreno com a mão", porque o interior da Vedeca estava escuro. A irmã da vítima considera ser essa a razão pela qual José Júlio Silva foi atingido pelas duas balas – de calibre 6.35 mm – na mão esquerda.
"Se ele tivesse entrado logo lá dentro, levava um tiro na nuca", desabafou ao CM a irmã, Maria Ferreira, empresária de 55 anos.
"O alarme disparou outra vez e o José, meio inanimado, aproveitou o barulho e ligou-me. Foi um herói", referiu Maria Ferreira. Uma das balas atravessou a mão e saiu, mas a outra ficou alojada junto a um tendão. A vítima foi anteontem operada para a remover. "Em princípio, não fica com mazelas futuras na mão", disse a irmã. A PJ investiga.
Por:
Correio da Manhã
13 Fevereiro 2012
Sara G. Carrilho